Alta frequência e alerta no setor
O Brasil já contabilizou pelo menos 51 acidentes aéreos entre janeiro e o início de abril de 2025, resultando em 19 mortes. Isso equivale a um acidente a cada 46,5 horas. As estatísticas acendem um alerta no setor de aviação civil, especialmente entre aeronaves fora da aviação comercial regular.
Perfil das vítimas e tipos de aeronaves
Entre os mortos, 12 eram tripulantes e 7 eram passageiros. Outras 11 pessoas ficaram gravemente feridas e 24 tiveram lesões leves. Nenhum dos acidentes envolveu voos comerciais regulares. Os principais registros envolvem aeronaves agrícolas (24 casos), além de aviões privados, de instrução, experimentais e táxi aéreo.
Etapas críticas dos voos e idade das aeronaves
A maioria dos acidentes ocorreu nas fases mais críticas: 15 durante a decolagem e 10 no pouso. Outro dado que chama atenção é a idade das aeronaves envolvidas: 41,2% foram fabricadas antes do ano 2000, e a mais antiga data de 1968. Apenas 16,7% das aeronaves eram novas, com fabricação a partir de 2019.
Distribuição por estados
São Paulo lidera o número de ocorrências, com 9 acidentes. Em seguida aparecem Bahia (6), Mato Grosso (5) e Minas Gerais (5). A dispersão geográfica indica que o problema afeta todo o território nacional, sobretudo em regiões de uso intensivo da aviação agrícola.
Comparação com o ano anterior
Embora o número total de acidentes tenha caído 12,1% em relação ao mesmo período de 2024 (quando houve 58 ocorrências), o ano passado foi marcado por tragédias expressivas, como o acidente com o voo Voepass 2283, que deixou 62 mortos, e a queda de uma aeronave em Gramado (RS), com 10 mortes confirmadas.
Segurança em foco
As autoridades seguem investigando os casos, mas os dados já reforçam a urgência por reforço nas fiscalizações e manutenção de aeronaves em todo o país. O alerta é ainda mais importante diante do elevado uso de aviões em atividades rurais e instrutivas, que seguem fora do circuito da aviação comercial tradicional.
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