A Páscoa é mais do que uma data no calendário — é um convite à renovação. Celebrada por milhões ao redor do mundo, ela carrega diferentes significados, seja no contexto religioso, cultural ou pessoal. Na Páscoa, os hebreus comemoram a passagem da escravidão no Egito para a liberdade rumo à Terra Prometida. A Ressurreição de Cristo também confirma este conceito, quando Jesus passa da condição humana para a divina — reafirmando o sentido de renovação, ou ainda, a passagem da antiga para a nova aliança. É sobre isso que queremos refletir.
Neste período do ano, dedicamo-nos à compra de presentes, à confecção de doces, ao enfeite da casa com coelhos e ovos de chocolate, enfim, a este ritual que transforma os ambientes, trazendo às nossas casas e às nossas vidas um verdadeiro clima pascal. E tudo isso é muito gostoso e agradável, pois é o envolvimento com esses preparativos e adereços que nos conduz ao sentimento da Páscoa. Mas não são eles que despertam seu verdadeiro sentido: o sentido de mudança, de passagem, de renascimento, diretamente ligado ao termo hebraico Pessach, que significa Páscoa.
Quando atribuímos à palavra "Páscoa" o sentido de passagem, mudança e renovação, algumas questões nos levam a refletir: Que tipo de Páscoa estou fazendo? Que tipo de mudanças estou buscando para melhorar minha vida? Essas questões deveriam martelar em nossa mente todos os dias, caso tenhamos o objetivo de melhorar nossa vida pessoal, familiar, social e profissional. Mas, essencialmente nesta época do ano, voltemos o pensamento para nossa conduta diária, para nossas atitudes cotidianas, e busquemos uma resposta para cada uma delas.
No ambiente familiar, que mudanças preciso adotar para melhorar o relacionamento interpessoal? No meio social em que atuo, quais atitudes preciso tomar para crescer como indivíduo? Com meus amigos e com as pessoas com as quais me relaciono, que tipo de mudanças preciso fazer em meu comportamento para que elas saibam o quanto as estimo e preciso delas? Com meu cônjuge, que mudanças são necessárias em mim, se viso à longevidade de nossa relação? No meu trabalho, que mudanças me levariam ao crescimento, se eu as adotasse? Como profissional, o que preciso mudar para alcançar meus objetivos? E se não tenho objetivos, por que ainda não os criei?
Talvez você, leitor, se sinta desconfortável com essas poucas questões, pois elas tiram sua comodidade. Por isso, a Páscoa, na essência da palavra, precisa ser praticada todos os dias, se pretendemos mudar nosso comportamento para com nossa família, amigos, colegas de trabalho, filhos, pais e aqueles que amamos.
Uma Feliz Páscoa e um Feliz Renascimento!
Reflexão a todos. Até a próxima!
Jaime Folle
Formado em empreendedorismo, escritor de vários livros e um dos mais renomados palestrantes do Sul do Brasil. Atuante na área desde 2005.
