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Amizade melhora saúde mental e ajuda a prevenir depressão, mostram estudos

Convivência com amigos estimula a liberação de serotonina, o "hormônio da felicidade."

Amizade melhora saúde mental e ajuda a prevenir depressão, mostram estudos
Foto: Reprodução

Em tempos de conexões digitais e rotinas aceleradas, as amizades verdadeiras surgem como pilares fundamentais para o bem-estar emocional. Comemorado nesta sexta-feira, dia 18, o Dia do Amigo convida à reflexão sobre como esses laços impactam positivamente a saúde mental. Mais do que companhia, os vínculos afetivos funcionam como uma forma de cuidado, às vezes silenciosa, mas sempre potente.

Pesquisas recentes reforçam a importância das amizades para a saúde. Um estudo publicado pela American Psychological Association indica que amizades estáveis e saudáveis são cruciais para o bem-estar e a longevidade. Os dados revelam que relações interpessoais positivas podem ajudar a reduzir sintomas de ansiedade e depressão, além de favorecer a saúde cardiovascular e cognitiva.

Para a psicanalista, filósofa e autora Ana Matos, relações de amizade verdadeiras são instrumentos potentes de regulação emocional. "Não é qualquer relação, mas aquelas em que existe espaço para ser quem se é, com todas as vulnerabilidades, silêncios e afetos", afirma. A especialista destaca que a amizade toca um lugar profundo de pertencimento. E esse sentimento, por si só, tem efeitos diretos no corpo: quando nos sentimos pertencentes, o sistema nervoso se regula, o estresse diminui e há uma sensação de relaxamento.

"Um dos grandes antídotos contra o estresse moderno pode ser mais simples do que parece: uma boa conversa, uma escuta genuína, um afeto compartilhado", completa.

Além de promover conexões emocionais profundas, a convivência com amigos estimula a liberação de substâncias como serotonina e ocitocina — neurotransmissores que ajudam a regular o humor e fortalecem a sensação de prazer e segurança. São eles os conhecidos “hormônios da felicidade”.

Manter amizades na vida adulta, no entanto, pode ser um desafio diante das múltiplas demandas do cotidiano. Para Matos, entre trabalho, filhos, relacionamentos e o cansaço mental, os vínculos afetivos muitas vezes acabam ficando em segundo plano. "A vida adulta nos empurra para um isolamento silencioso, que vai se naturalizando com o tempo. Mas a verdade é que o afeto não é opcional, ele é necessário para a saúde emocional", destaca.

Segundo ela, é preciso abrir espaço na agenda para nutrir esses laços: “Talvez a gente não se veja toda semana, talvez os encontros sejam mais curtos, mas o que sustenta a relação é a qualidade do vínculo, não a frequência”. Ter ao lado alguém que nos conhece, que nos acolhe sem julgamentos, pode ser um verdadeiro porto seguro. Essa sensação de acolhimento e segurança emocional é essencial em um mundo cada vez mais exigente e solitário.

Embora as redes sociais facilitem o contato, elas não substituem a interação face a face. O contato presencial com amigos está diretamente associado à melhora no humor e à redução de sintomas de depressão. Para Ana, é fundamental reconhecer que amizades virtuais e presenciais não são equivalentes, embora ambas tenham valor.

“Existe uma potência real nas amizades construídas ou mantidas virtualmente. Elas podem oferecer apoio, escuta, acolhimento e até intimidade emocional. Mas o corpo também precisa de presença”, explica. “O problema não é a amizade virtual e sim quando todos os vínculos se tornam apenas digitais, mediando experiências que, muitas vezes, o corpo precisa viver para processar emoções, desenvolver empatia e aliviar tensões”, completa a psicanalista.

Ela ainda ressalta que, especialmente em momentos de isolamento, mudanças geográficas ou quando há dificuldade de encontrar pessoas com afinidade no entorno, a tecnologia pode ser uma aliada. “A tecnologia amplia as possibilidades de conexão e isso é positivo. Mas é importante não abrir mão da vivência afetiva presencial, sempre que possível. A qualidade dos vínculos importa mais do que o meio por onde eles se estabelecem. Não adianta estar fisicamente presente e emocionalmente ausente”, alerta.

Além dos efeitos emocionais, as amizades também influenciam positivamente a saúde física. Estudos indicam que laços afetivos consistentes podem melhorar a função cerebral, reduzir riscos de doenças cardíacas e até aumentar a longevidade.

“Cultivar amizades pode ser tão importante quanto manter hábitos saudáveis como dormir bem, praticar atividades físicas ou manter uma alimentação equilibrada”, finaliza Ana.

No Dia do Amigo, a data serve como lembrete: investir em relações verdadeiras não é apenas uma questão de afeto, é também uma escolha consciente pela saúde. 

Oeste Mais 

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