Celebrado nesta terça-feira, dia 23, o Dia Mundial do Livro tem como objetivo incentivar a leitura e lembrar a importância dos autores na história da humanidade. A data foi escolhida pela Unesco, agência da ONU para educação e cultura, por marcar a morte de três grandes nomes da literatura: William Shakespeare, Miguel de Cervantes e Inca Garcilaso de La Vega.
Neste ano, o Brasil ganhou um destaque especial. A cidade do Rio de Janeiro foi escolhida pela Unesco como a Capital Mundial do Livro, título que reforça a responsabilidade da cidade em promover ações que estimulem a leitura no país e no mundo.
Mesmo com essa homenagem, o cenário da leitura no Brasil preocupa. Uma pesquisa feita pela Associação Nacional de Livrarias revelou que 60% da população não tem o hábito de ler. E mais: 40% dos brasileiros disseram que perderam o interesse pela leitura ao longo dos anos.
O impacto pode ser visto no fechamento de livrarias. Segundo o levantamento, uma livraria fecha a cada três dias no país. Nos últimos 10 anos, 30% desses estabelecimentos encerraram as atividades. O Brasil, que já teve mais de 3 mil livrarias em funcionamento, hoje conta com cerca de 2,2 mil lojas abertas.
Para a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, os livros têm papel essencial na formação das pessoas.
“Os livros são veículos vitais para acessar, transmitir e promover a educação, a ciência, a cultura e a informação em todo o mundo. Graças aos livros, nos mantemos informados, entretidos e somos capazes de entender melhor nosso mundo”, defendeu a diretora-geral da Unesco.
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