Por exemplo, o consumidor que devia R$ 800 em janeiro do ano passado precisa desembolsar um adicional de R$ 3.322,56 para quitar o saldo devedor com a instituição financeira após um ano, totalizando uma dívida de R$ 4.122,56.
O cheque especial, segunda linha de crédito mais cara disponível no mercado, que está embutida na conta-corrente dos brasileiros, também deu alívio no bolso em janeiro. Os juros médios chegaram a 126,6% ao ano, o patamar mais baixo desde janeiro de 2022.
No cheque especial, a mesma dívida do exemplo acima, mantida por um ano sem pagamento, salta para R$ 1.812,80 — um acréscimo de R$ 1.012,80 somente de correção.
As variações ocorrem diante do recente movimento de cortes seguidos da taxa básica de juros. As reduções de 0,5 ponto percentual levaram a taxa Selic a 11,25% ao ano, ante o patamar de 13,75% ao ano, que permaneceu vigente por um ano.
Crédito consignado
Para driblar os índices das modalidades com as maiores taxas de juros do mercado, os consumidores podem aderir ao empréstimo consignado, que oferece desconto direto na folha de pagamento. A taxa da linha de crédito recuou 0,1 ponto percentual em janeiro e figura em 24,3% ao ano, a menor desde maior de 2022 (24,13% ao ano).
Dentro do consignado, as taxas variam entre os grupos de profissionais, com a menor delas cobrada aos servidores públicos (23,2% ao ano). Para os beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e trabalhadores do setor privado, as cobranças figuram em, respectivamente, 23,5% e 38,5% ao ano.