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Banco Central decide nesta semana se taxa básica de juros voltará a subir

Expectativas do mercado financeiro apontam para o início de um ciclo de alta de juros, com elevação de 0,25 ponto nesta quarta-feira

Banco Central decide nesta semana se taxa básica de juros voltará a subir
Foto: Agência do Brasil

A taxa Selic pode voltar a subir nesta semana após dois anos. O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) se reúne nesta terça (17) e quarta-feira (18) para decidir o patamar da taxa básica de juros da economia brasileira. As expectativas do mercado financeiro apontam para o início de um ciclo de alta de juros, com uma elevação de 0,25 ponto percentual, passando dos atuais 10,5% para 10,75% ao ano.

Caso seja confirmada, será a primeira alta desde agosto de 2022, quando atingiu 13,75%. Depois o índice foi mantido até agosto de 2023, quando se iniciou um clico de queda, até maio deste ano, com a manutenção em 10,5% nos últimos três encontros do Copom.

“O ciclo de alta a princípio não deve ser grande, totalizando 1,5 ponto percentual. Projetamos taxa Selic de 11,75% ao final de 2024, começando ao ritmo de 0,25 ponto em setembro, seguido por duas altas de 0,50 ponto ainda neste ano e uma alta final de 0,25 ponto percentual na primeira reunião do ano que vem”, prevê o Itaú Unibanco, em relatório da última quinta-feira (12).

Segundo o banco, o real segue pressionado, próximo das máximas recentes, refletindo os ruídos na comunicação do BC e as incertezas sobre os rumos das contas públicas. “Além disso, os dados mais recentes de atividade indicam que a economia se encontra mais aquecida do que o Banco Central esperava na última reunião, e as expectativas de inflação seguem desancoradas”, avalia a instituição.

O consenso do mercado é de que a inflação só ficará dentro da meta estabelecida pelo Banco Central, de 3%, se os juros subirem neste mês. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de agosto em queda de 0,02%, o indicador acumula altas de 2,85%, no ano, e de 4,24%, em 12 meses — abaixo do teto superior da meta.

Para Lucas Almeida, especialista em mercado de capitais e sócio da AVG Capital, a inflação permanece acima da meta, apesar de algumas melhorias no núcleo. “Além disso, o mercado de trabalho aquecido, com mais pessoas empregadas e aumento de salários, eleva o consumo e pressiona os preços”, avalia Almeida.

Valeria Vanessa Eduardo, professora do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Anhanguera explica que, a meta de inflação para 2024 é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5 pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, entre 1,5% e 4,5%, conforme definido pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). “Como a inflação acumulada nos últimos 12 meses está em 4,24%, acima dessa meta, pode ser necessário um aumento na Selic (taxa de juros) para controlar a situação”, explica Valeria.

Segundo ela, diversos fatores macroeconômicos indicam a necessidade de aumentar a taxa Selic, incluindo a alta do dólar, que desvaloriza o real e torna os produtos importados mais caro.
 
“Além disso, quando o governo gasta muito em previdência social, saúde, educação, salários de servidores públicos e programas de assistência social, como o Bolsa Família, isso pode aumentar a demanda e fazer os preços subirem, resultando em inflação. O Banco Central propõe o aumento da Selic para equilibrar a situação”, acrescenta a professora.

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