Falar sobre dinheiro desde cedo é essencial para que as crianças desenvolvam uma relação saudável com as finanças. A mesada pode ser uma grande aliada nesse processo, mas há outras formas lúdicas e produtivas de ensinar esse aprendizado, especialmente durante o recesso escolar.
Envolver as crianças no planejamento e nas decisões financeiras pode ser educativo e transformador.
“Ao incluir as crianças na definição de um orçamento, como escolher entre passeios ou guardar parte do dinheiro para algo maior, os pais criam um ambiente propício para aprender sobre escolhas conscientes e responsabilidade financeira”, explica Marcelo Pedroso, líder regional da XP Investimentos em Santa Catarina.
Segundo o especialista, para crianças de 3 a 5 anos, atividades como montar um supermercado fictício ou contar moedas ajudam a introduzir o conceito de dinheiro. Já entre os 6 e 12 anos, jogos educativos que ensinam sobre poupança e planejamento são boas opções. Adolescentes podem ser incentivados a participar de decisões mais complexas, como o planejamento de uma viagem ou o controle de pequenas despesas familiares.
A mesada como ferramenta prática
Uma estratégia eficiente – e que ganha ainda mais relevância nesse período – é a mesada. Com um valor definido, os pais podem orientar as crianças a planejar seus gastos, poupando para alcançar objetivos maiores e diferenciando necessidades de desejos no dia a dia.
“Os erros e acertos com a mesada são valiosos, pois permitem que as crianças vivenciem diferentes situações, como decidir entre gastar em um parque de diversões ou em brinquedos. Essas experiências contribuem para a construção de uma mentalidade financeira mais consciente”, afirma Pedroso.
Além de ensinar sobre dinheiro, a educação financeira ajuda a desenvolver valores como paciência, planejamento e responsabilidade – aprendizados que as crianças levarão para toda a vida, conforme explica o especialista. "O exemplo dentro de casa continua sendo fundamental: pais que compartilham suas estratégias financeiras e explicam suas escolhas criam um ambiente natural e contínuo para a aprendizagem sobre finanças".
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